TERCEIRO PASSO (Visão Terapêutica)
O Terceiro Passo diz: “Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos”.
Agir. Estamos diante de uma dificuldade concreta no processo de tratamento. Até agora, o alcoolista conseguiu vivenciar um sentimento de derrota, um aliviante sentimento de leveza e liberdade, antes que tardia e ainda que fugaz, mas que serviu para apresentá-lo humilde, disposto a ser ajudado. O Terceiro Passo trata de como fazê-lo.
É necessário confiar, acreditar que a ajuda oferecida é suficiente e capaz de reverter o mecanismo de destruição. Medo, dúvidas e ceticismo são naturais e deverão ser enfrentados com paciência e compreensão. A confiança é a mola-mestra para um Terceiro Passo eficaz, é o combustível que moverá o mecanismo terapêutico – apesar do risco constante de retrocessos a cada dificuldade, diante dos quais deve-se, sempre, retornar aos passos anteriores e reforçar a consciência da necessidade do tratamento e da possibilidade de sucesso.
O alcoolista estará, neste momento, diante de características importantes de sua doença: o imediatismo; a compulsividade; a imaturidade; a insegurança e o ceticismo. O álcool trouxe alívio sintomático para seus conflitos mas trouxe-lhe, também, a incapacidade de encará-los sem beber, tolhendo-lhe, cronicamente, as possibilidades de crescimento. Abstêmio, ele estará novamente diante de tais conflitos, desconfortável e sem opções imediatas de alívio. A tendência natural será sempre, até que todo esse processo seja revertido, a recidiva. Sua (de todos) única segurança é a certeza (consciência) de que não há mais alívio, e sim dor cada vez mais intensa, contido no hábito de beber.
O Terceiro Passo é um passo de ação – costuma-se ouvir em grupos de Alcoólicos Anônimos. Chegou o momento, é preciso começar e a única forma para começar a reverter a dependência alcoólica é acreditando que alguma outra forma de ajuda será suficiente para fornecer alívio e conforto. Pessoas, grupos, planos de vida, Deus, algo há de funcionar, o importante é confiar, dar-se a chance de experimentar.
A atitude do profissional, neste momento, é muito importante. Para o alcoólico, submeter-se a um processo de tratamento, onde conceitos e valores definidos e concretizados patologicamente durante tanto tempo devem ser renunciados e reavaliados é, antes de tudo, doloroso. Dor, medo, angústias e pavor são imobilizantes. É diferente saber-se doente e admitir a possibilidade de tratamento, de integrar-se e fazer parte, efetivamente, de um grupo terapêutico. A mobilização do paciente, neste momento, depende, fundamentalmente, de confiança e respeito mútuos. A identificação recíproca como fonte de conforto e alívio da solidão e insegurança tem sido largamente utilizada por Alcoólicos Anônimos.
Visivelmente, a consciência do passado é a mola propulsora desse processo e a entrega, nome dado à verdadeira participação no tratamento, depende, basicamente, de quão necessário esse processo é percebido pelo paciente. Confiar, de uma hora para outra, em pessoas que lhe propõem abstinência do único recurso paliativo a seus conflitos depende de muita resignação e humildade.
A tarefa do profissional consiste, em primeiro lugar, em reforçar sempre a certeza de que o tratamento indicado é extremamente necessário e tão eficaz quanto mais ampla for a participação do paciente. A partir de então, esse profissional poderá ajudá-lo a adquirir confiança no grupo terapêutico, em função da confiança adquirida em si próprio. É comumente notado que o alcoolista passa a acreditar no tratamento a partir do momento em que toma contato com os benefícios que o mesmo vem-lhe trazendo. Incentivo, apoio e envolvimento são, aí, fundamentais.
É importante esclarecer que para um programa propulsionado por motivação intrínseca para mudanças concretas de comportamento e valores, é fundamental que o ciclo de retroalimentação dessa motivação esteja fluindo naturalmente. Disso dependem todos os outros passos e de tais passos depende a segurança e a efetividade do tratamento. Cada progresso é um vínculo a mais com o próprio processo e cada vínculo adquirido é a própria motivação para novos progressos.
Confiança se transmite confiando, fé só se transmite acreditando.
Agir. Estamos diante de uma dificuldade concreta no processo de tratamento. Até agora, o alcoolista conseguiu vivenciar um sentimento de derrota, um aliviante sentimento de leveza e liberdade, antes que tardia e ainda que fugaz, mas que serviu para apresentá-lo humilde, disposto a ser ajudado. O Terceiro Passo trata de como fazê-lo.
É necessário confiar, acreditar que a ajuda oferecida é suficiente e capaz de reverter o mecanismo de destruição. Medo, dúvidas e ceticismo são naturais e deverão ser enfrentados com paciência e compreensão. A confiança é a mola-mestra para um Terceiro Passo eficaz, é o combustível que moverá o mecanismo terapêutico – apesar do risco constante de retrocessos a cada dificuldade, diante dos quais deve-se, sempre, retornar aos passos anteriores e reforçar a consciência da necessidade do tratamento e da possibilidade de sucesso.
O alcoolista estará, neste momento, diante de características importantes de sua doença: o imediatismo; a compulsividade; a imaturidade; a insegurança e o ceticismo. O álcool trouxe alívio sintomático para seus conflitos mas trouxe-lhe, também, a incapacidade de encará-los sem beber, tolhendo-lhe, cronicamente, as possibilidades de crescimento. Abstêmio, ele estará novamente diante de tais conflitos, desconfortável e sem opções imediatas de alívio. A tendência natural será sempre, até que todo esse processo seja revertido, a recidiva. Sua (de todos) única segurança é a certeza (consciência) de que não há mais alívio, e sim dor cada vez mais intensa, contido no hábito de beber.
O Terceiro Passo é um passo de ação – costuma-se ouvir em grupos de Alcoólicos Anônimos. Chegou o momento, é preciso começar e a única forma para começar a reverter a dependência alcoólica é acreditando que alguma outra forma de ajuda será suficiente para fornecer alívio e conforto. Pessoas, grupos, planos de vida, Deus, algo há de funcionar, o importante é confiar, dar-se a chance de experimentar.
A atitude do profissional, neste momento, é muito importante. Para o alcoólico, submeter-se a um processo de tratamento, onde conceitos e valores definidos e concretizados patologicamente durante tanto tempo devem ser renunciados e reavaliados é, antes de tudo, doloroso. Dor, medo, angústias e pavor são imobilizantes. É diferente saber-se doente e admitir a possibilidade de tratamento, de integrar-se e fazer parte, efetivamente, de um grupo terapêutico. A mobilização do paciente, neste momento, depende, fundamentalmente, de confiança e respeito mútuos. A identificação recíproca como fonte de conforto e alívio da solidão e insegurança tem sido largamente utilizada por Alcoólicos Anônimos.
Visivelmente, a consciência do passado é a mola propulsora desse processo e a entrega, nome dado à verdadeira participação no tratamento, depende, basicamente, de quão necessário esse processo é percebido pelo paciente. Confiar, de uma hora para outra, em pessoas que lhe propõem abstinência do único recurso paliativo a seus conflitos depende de muita resignação e humildade.
A tarefa do profissional consiste, em primeiro lugar, em reforçar sempre a certeza de que o tratamento indicado é extremamente necessário e tão eficaz quanto mais ampla for a participação do paciente. A partir de então, esse profissional poderá ajudá-lo a adquirir confiança no grupo terapêutico, em função da confiança adquirida em si próprio. É comumente notado que o alcoolista passa a acreditar no tratamento a partir do momento em que toma contato com os benefícios que o mesmo vem-lhe trazendo. Incentivo, apoio e envolvimento são, aí, fundamentais.
É importante esclarecer que para um programa propulsionado por motivação intrínseca para mudanças concretas de comportamento e valores, é fundamental que o ciclo de retroalimentação dessa motivação esteja fluindo naturalmente. Disso dependem todos os outros passos e de tais passos depende a segurança e a efetividade do tratamento. Cada progresso é um vínculo a mais com o próprio processo e cada vínculo adquirido é a própria motivação para novos progressos.
Confiança se transmite confiando, fé só se transmite acreditando.
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