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João Calvino

Jean Cauvin, mais conhecido por nós como João Calvino, nasceu em Noyon, França, em 10 de Julho de 1509. Aos 14 anos foi estudar em Paris preparando-se para entrar na universidade. Estudou gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, astronomia e música. Em 1523 foi estudar no famoso Colégio Montaigu.

Divulgação
Em 1528, com 19 anos, iniciou seus estudos em Direito e, depois, em Literatura. Em 1532 escreveu seu primeiro livro, um comentário à obra De Clementia de Sêneca. Em 1533, na reabertura da Universidade de Paris, escreveu um discurso atacando a teologia dos escolásticos e foi perseguido. Possivelmente foi neste período 1533-34 que Calvino foi convertido pelo Senhor, por influência de seu primo Robert Olivétan.

Em 1536, a caminho de Estrasburgo, encontrou uma estrada obstruída, o que o fez passar a noite em Genebra. Como sua fama já o precedia, Farel o encontrou e o convenceu a permanecer em Genebra para implantarem a Reforma Protestante naquela cidade. Começou a escrever a obra magna da Reforma – As Institutas da Religião Cristã. Em 1538 foi expulso de Genebra e viajou para Estrasburgo, onde trabalhou como pastor e professor. Casou-se com uma viúva anabatista chamada Idelette de Bure. Em 1541 foi convidado a voltar a Genebra. Em 1559 escreveu a edição final das Institutas e, no decorrer de seus poucos anos de vida, escreveu tratados, centenas de cartas, e comentários sobre quase todos os livros da Bíblia.

Em 27 de Maio de 1564, com 55 anos de idade, foi ao encontro do Senhor. O grande Teológo da Reforma, usado por Deus, influenciou o mundo com seus escritos. Sua piedade e dedicação ao estudo da Palavra são inspiradores.

ACMJ
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João Calvino – Como ele foi? O que aprendemos dele?
Ele viveu cinqüenta e quatro anos, dez meses, e dezessete dias, e dedicou metade de sua vida ao sagrado ministério. Ele tinha estatura mediana; a aparência sombria e pálida; os olhos eram brilhante até mesmo na morte, expressando a agudez da sua compreensão.

Theodore Beza

Eu poderia feliz e proveitosamente assentar-me e passar o resto de minha vida somente com Calvino.
Carta de Karl Barth ao amigo Eduard Thurneysen, escrita em 8 de junho de 1922.
Calvino, falando das diversas calúnias que levantavam contra ele, partindo, inclusive, de falsos irmãos, diz:
Só porque afirmo e mantenho que o mundo é dirigido e governado pela secreta providência de Deus, uma multidão de homens presunçosos se ergue contra mim alegando que apresento Deus como sendo o autor do pecado. [...] Outros tudo fazem para destruir o eterno propósito divino da predestinação, pelo qual Deus distingue entre os réprobos e os eleitos.

O que nos chama a atenção na aproximação bíblica de Calvino é, primeiramente, o seu amplo e em geral preciso conhecimento dos clássicos da exegese bíblica, os quais cita com abundância, especialmente Crisóstomo, Agostinho e Bernardo de Claraval. Outro aspecto é o domínio de algumas das principais obras dos teólogos protestantes contemporâneos, tais como Melanchton – a quem considerava um homem de “incomparável conhecimento nos mais elevados ramos da literatura, profunda piedade e outros dons [e que por isso] merece ser recordado por todas as épocas” –, Bucer e Bullinger. Contudo, o mais fascinante é o fato de que ele, mesmo se valendo dos clássicos – o que, aliás, nunca escondeu –, conseguiu seguir um caminho por vezes diferente, buscando na própria Escritura o sentido específico do texto: a Escritura interpretando-se a si mesma.

Autor: Hermisten Costa
Fonte: Coleção Pensadores cristãos – Calvino de A a Z, Editora Vida,

As Institutas da Religião Cristã é obra mais influente da Reforma Protestante e depois das Escrituras Sagrada não há nada que se compare a ela. Veja ao lado direito duas edições das Institutas publicado pela Editora Cultura Cristã.
Thea B. Van Halsema¹ discorrendo a história de Calvino, quando no trecho que fala da obra prima de Calvino – As Institutas da Religião Cristã, ele escreve:

Foi assim que apareceu a poderosa obra que recolheu da Palavra de Deus um completo sistema doutrinário. As Institutas começaram com Deus, concluíram com Deus e encontraram todas as coisas em Deus, o Deus triúno. Calvino escreveu com clareza, com uma lógica de advogado. Escreveu eloqüentemente, como um autor que maneja com perícia as suas palavras. Escreveu brilhantemente, com uma mente que aprende a inteireza da verdade de Deus como é possível ao homem conhecê-la.

Escreveu apaixonadamente, com um coração devotado inteiramente ao seu Senhor. E escreveu humildemente, porquanto sua vida tinha sido resgatada do lamaçal do pecado unicamente pela graça de Deus. Ninguém havia escrito assim anteriormente. E, posteriormente, ninguém conseguiu escrever de maneira a aproximar a magnificência com que Calvino expôs as “verdades da religião cristã”.
¹Extraído de: Van Halsema, Thea B., João Calvino Era Assim (São Paulo: Editora Vida Evangélica, 1968).
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Frases selecionadas de João Calvino
“Porque o evangelho não é uma doutrina de língua, mas de vida.” [João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 181, Ed Cep,]

“Os sofrimentos desta vida longe estão de obstruir nossa salvação; antes, ao contrário, são seus assistentes. (…) Embora os leitos e os réprobos se vejam expostos, sem distinção, aos mesmos males, todavia existe uma enorme diferença entre eles, pois Deus instrui os crentes pela instrumentalidade das aflições e consolida sua salvação (…) As aflições, portanto, não devem ser um motivo para nos sentirmos entristecidos, amargurados ou sobrecarregados, a menos que também reprovemos a eleição do

Senhor, pela qual fomos predestinados para vida, e vivamos relutantes em levar em nosso ser a imagem do Filho de Deus, por meio da qual somos preparados para glória celestial.” [João Calvino, Exposição de Romanos, São Paulo, Parakletos, 1997, (Rm 8.28,29), p. 293,295].

“Não há nada que Satanás mais tente fazer do que levantar névoas para obscurecer Cristo; pois ele sabe que dessa forma o caminho está aberto para todo tipo de falsidade. Assim, o único meio de manter e também restaurar a doutrina pura e colocar Cristo diante de nossos olhos, exatamente como ele é, com todas as Suas bênçãos, para que Seu poder possa ser verdadeiramente percebido” [João Calvino, As Institutas da Religião Cristã]

“Para que tenhamos aqui bom equilíbrio, devemos examinar a Palavra de Deus, na qual temos excelente regra para o entendimento firme e correto. Porquanto, a Escritura é a escola do Espírito Santo, na qual assim como nada que seja útil e salutar conhecer é omitido, assim também não há nada que nela seja ensinado que não seja válido e proveito saber.” [João Calvino, As institutas, Cap VII, pg 39, Vl 1, edição especial, Editora Cep]

E devemos confiar que assim como nosso Pai nos nutriu hoje, Ele não falhará amanhâ. João Calvino, Instrução na fé, cap. 24, p. 67.
Em virtude nosso coração incrédulo, o mínimo perigo que ocorre no mundo influi mais em nós do que o poder de Deus. Trememos antes a mais leve tribulação, pois olvidamos ou nutrimos conceitos mui pobres acerca da onipotência divina.  João Calvino, O livro de Salmos, vol. 2 , p. 658.

“O conhecimento de Deus não está posto em fria especulação, mas lhe traz consigo o culto”, – As Institutas, I.12.1
“Portanto, uma vez que, de seguir-se na duração de Deus, nimiamente fraco e frágil vínculo da piedade seja ou praxe da cidade ou o consenso da Antigüidade, resta que o próprio Deus dê do céu testemunho de Si” – As Institutas, I. 5.13.
“Nós sabemos por experiência que o canto tem grande força e vigor para mover e inflamar os corações dos homens, a fim de invocar e louvar a Deus com um mais veemente e ardente zelo.” João Calvino, Prefácio à edição de 1542 do Saltério Genebrino.
Aqueles que se retraem de ouvir a Palavra proclamada estão premeditadamente rejeitando o poder de Deus e repelindo de si a mão divina que pode libertá-los. João Calvino, As Institutas São Paulo, Casa Presbiteriana, 1985,(Rm 1.16), p. 58.
“seja o que for que Deus tenha que fazer, inquestionavelmente o fará, se ele o tiver prometido.”

“Note-se que a fé mune-se de dupla consolação com o poder de Deus. Primeiro, porque sabe que ele tem amplíssimo poder e disposição para fazer-nos bem, visto que o seu braço se estende para reger e governar todas as coisas, que o céu e a terra lhe pertencem, e que também é dele o senhorio. E toda criatura depende de sua boa vontade aplicada a levar avante a salvação dos crentes. Segundo, porque vê que em sua proteção há segurança suficiente, visto que todas as coisas que poderiam frustrá-lo estão sujeitos à sua vontade. E que o Diabo é reprimido por sua vontade, como que por rédeas – ele e todas as suas maquinações. Em resumo, porque tudo quanto poderia contrapor-se à nossa salvação é submisso a seu comando.” (João Calvino, As Institutas da Religião Cristã, Ed. Especial, Vl 2, pg. 59)

“Por meio da fé, Cristo nos é comunicado, através de quem chegamos a Deus, e através de quem usufruímos os benefícios da adoção.”
“Sabemos não haver nenhuma de nossas obras que, à vista de Deus, seja considerada perfeita ou pura e sem qualquer mácula de pecado”.
João Calvino, O livro dos Salmos, Vl 2 (Sl 62.12) pp. 585

“Ninguém possui coisa alguma, em seus próprios recursos, que o faça superior; portanto, quem quer que se ponha num nível mais elevado não passa de imbecil e impertinente. A genuína base da humildade cristã consiste, de um lado, em não se presumido, porque sabemos que nada possuímos de bom em nós mesmos; e, de outro, se Deus implantou algum bem em nós, que o mesmo seja, por esta razão, totalmente debitado à conta da divina Graça”.
João Calvino, Exposição de 1 Corintios (1 Co 4.7), pp. 134,135

“Seja o que for que Deus tenha que fazer, inquestionavelmente o fará, se ele o tiver prometido”
João Calvino, Efésios (Ef 3.20-21) pp. 106
“Deus só é corretamente servido quando sua lei for obedecida. Não se deixa a cada um a liberdade de codificar um sistema de religião ao sabor de sua própria inclinação, senão que o padrão de piedade deve ser tomado da Palavra de Deus”. (João Calvino, O livro de Salmos, São Paulo, Parakletos, 199, Vol 1, p.53)

“Nossa fé não tem que estar fundamentada no que nós tenhamos pensado por nós mesmos, senão no que nos foi prometido por Deus”. (J. Calvino, Sermoes sobre la Obra Salvadora de Cristo, Jenison, Michigan, p. 156)
“Todo crente deve ter desejo fervoroso de contar com Deus em cada momento de sua vida”. (João Calvino, A Verdadeira Vida Cristã, São Paulo, novo Século, p. 31)

“Mas, visto que todo homem é indigno de se dirigir a Deus e de se apresentar diante de sua face, a fim de nos livrar da vergonha que sentimos ou que deveríamos sentir, o Pai celeste nos deu seu Filho, o nosso Senhor Jesus Cristo, para ser o nosso

Mediador e advogado para com ele, para que, por meio dele, pudéssemos aproximar-nos livremente dele. Como isso nos certificamos de que, tendo tal Intercessor, o qual não pode ser recusado pelo Pai, também nada nos será negado de tudo o que pedirmos em seu nome. Seguros também de que o trono de Deus não é somente trono de majestade, mas também de sua graça, podendo nós comparecer perante ele com toda a confiança e ousadia, em nome de Mediador e Intercessor, para rogar misericórdia e encontrar graça e ajuda, em toda necessidade que tivermos.” (João Calvino, As Institutas, Vl 03, Ed. Cep, Edição especial, p. 101)

“Não busquemos a causa em parte alguma, senão na vontade divina” (J. Calvino, Exposição de Romanos, p. 337)
“Esta é a permuta que, em sua bondade infinita, ele quis fazer conosco: recebeu nossa pobreza, e nos transferiu suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, e nos fez filhos de Deus.” [João Calvino, As institutas, Cap XII, pg 6, Vl 4, edição especial, Editora Cep.]

“Os crentes não oram com a intenção de informar a Deus a respeito das coisas que ele desconhece, ou para incitá-lo a cumprir o seu dever, ou para apressá-lo, com se ele fosse relutante. Pelo contrário, eles oram para que assim possam despertar-se e buscá-lo, e assim exercitem sua fé na meditação das suas promessas, e aliviem sua ansiedades, deixando-as nas mão dele; numa palavra, oram com o fim de declarar que sua esperança e expectativa das coisas boas, para eles mesmos e para os outros, está só nele” [John Calvin, Commentary on a Harmony of the Evangelists, Mattew, Mark, and Luke, Grand Rapids, Michigan, Baker Booh House, 1981 (reimpresso), p. 314]

“Nós estamos conscientes de nossa própria debilidades, e desejamos desfrutar a proteção de Deus, Aquele que pode manter-nos invencíveis diante de todos os assaltos de Satanás” [John Calvin, Harmony of the Evangelists, p. 327-328]
“Não oraremos de uma maneira correta a menos que a preocupação por nossa própria salvação e zelo pela glória de Deus sejam inseparavelmente entrelaçados em nossos exercícios.” [João Calvino, O Livro de Salmos, Vol 3, p.259]
“Quando ele [Deus] nos adotou como seus filhos, seu desígnio era acalentar-nos, por assim dizer, em se próprio seio” [João Calvino, O Livro de Salmos, São Paulo, Ed. Parakletos, 2002,Vol 3, p.586]

“Seja qual for a maneira em que Deus se agrada em socorrer-nos, ele não exige nada mais de nós senão que sejamos agradecidos pelo socorro e o guardemos na memória.” [João Calvino, O Livro de Salmos, Vol 2, p.216]
“Ainda que o pecado não reine, ele continua a habitar em nós e a morte é ainda poderosa.”[João Calvino, Efésios, São Paulo, Parakletos, 1999, Vol 1, p.169]]

Somente aqueles que têm acesso a Deus, e que vivem uma vida santa, é que são seus genuínos servos. [João Calvino, O Livro de Salmos, São Paulo, Parakletos, 199, Vol. 1, p. 289]
Muitas vezes o Senhor põe abaixo as deliberações dos seus santos… para que eles fiquem na inteira dependência da sua providência” . [João Calvino, exposição de Romanos, (Rm 1.13)]
A igreja será sempre libertada das calamidades que lhe sobrevém, porque Deus, que é poderoso para salvá-la, jamais suprime dela sua graça e sua bênção. [João Calvino, O Livro de Salmos, São Paulo, Vol. 1, p. 88]

“Aquele que confia ma providência divina deve fugir para Deus com orações e forte clamor.” [João Calvino, O Livro de Salmos, São Paulo, Vol. 1, p. 211]
“Para que tenhamos aqui bom equilíbrio, devemos examinar a Palavra de Deus, na qual temos excelente regra para o entendimento firme e correto. Porquanto, a Escritura é a escola do Espírito Santo, na qual assim como nada que seja útil e salutar conhecer é omitido, assim também não há nada que nela seja ensinado que não seja válido e proveito saber”. [João Calvino, As institutas, Cap VII, pg 39, Vl 1, edição especial, Editora Cep.]

“O Fundamento de nossa vocação é a eleição divina gratuita pela qual fomos ordenados para a vida antes que fôssemos nascidos. Desse fato depende nossa vocação, nossa fé, a concretização de nossa salvação.” [João Calvino, Gálatas, (Gl 4.9), p. 128].
“A santidade inocência, e assim toda e qualquer virtude que porventura exista no homem, são frutos da eleição” [João Calvino, Efésios, (Ef 1.4), p. 25]

“A causa eficaz de fé não é a perspicácia de nossa mente, mas a vocação de Deus. E ele[Pedro (em 2Pe1.3)]  não se refere somente à vocação externa, que é em si mesma ineficaz; mas à vocação interna, realizada pelo poder secreto do Espírito, quando Deus não somente emite sons em nossa orelhas pela voz do homem, mas, pelo seu próprio Espírito atrai intimamente nosso corações para ele mesmo. [John Calvin, Calvin’s Commentaries, Grand Rapids, Michigan, Baker Book House, 1996 (reimpresso), Vol.22, (2Pe 1.3, p. 369].

“Ao sabermos que Deus promove esta sua união conosco, devemos lembrar que o laço desta união é a santidade.” [João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 178, Ed Cep,]

“Por que, de que valerá livrar-nos da impureza e da corrupção em que estávamos imersos, se o tempo todo ficamos querendo revolver-nos de novo nessa lama?” [João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 179, Ed Cep,]

“Assim como a alma energiza o corpo, também Cristo comunica vida a seus membros. Eis uma notável afirmação, ou seja, que os crentes vivem fora de si mesmos, isto é, em Cristo”. [João Calvino, Gálatas, São Paulo, Parakletos, 1998, (Gl 2.19, p. 75]

“O genuíno descanso dos fiéis, o qual dura por toda a eternidade, é segundo o descanso de Deus. Como a mais sublime bem-aventurança humana é estar o homem unido com Deus, assim deve ser também o seu propósito último, o qual todos os seu planos e ações devem ser dirigidos” [João Calvino, Exposição de Hebreus, São Paulo, Parakletos, 1997, (Hb 4.3), p. 103 ]

“Não exijo que a vida do cristão seja um evangelho puro e perfeito, embora o devamos desejar e esforçar-nos por esse ideal. Não exijo, pois, uma perfeição cristã de tal maneira estrita e rigorosa que me leve a não reconhecer como cristão a quem não tenham alcançado. Porque, se fosse assim, todos os homens do mundo seriam excluídos da igreja, visto que não se encontra nem um só que não esteja bem longe dela, por mais que tenha progredido. E a maioria ainda não avançou nada ou quase nada. Todavia, nem por isso os devemos rejeitar. Que fazer então?    
Certamente devemos ter diante dos nossos olhos como nossa meta a perfeição que Deus ordena, para a qual todas as nossas ações devem ser canalizadas e à qual devemos visar. Repito: temos que nos esforçar para chegar à meta. Sim, pois não é lícito que compartilhemos com Deus apenas aceitando uma parte do que nos é ordenado em sua Palavra e deixando o restante a cargo da nossa fantasia. Porque Deus sempre nos recomenda, em primeiro lugar, integridade.” [João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 182, Ed Cep,]

“A vontade de Deus é a regra pela qual devemos regulamentar todos os nossos deveres.” [João Calvino, As Pastorais, São Paulo, Paraklestos, 1998, (1Tm2.3), p.59]

“Embora o mundo inteiro se ponha contra o povo de Deus, ele não carece, enquanto nutrir o senso de sua integridade, ter receio de desafiar os reis e seus conselheiros, bem como o promiscuo populacho da sociedade.” [João Calvino, O Livro de Salmos, São Paulo, Edições Parakletos, 199, Vol 2. (Sl 58.1), p. 517]

“A fé não consiste na ignorância, senão no conhecimento; e este conhecimento há de se não somente de Deus, senão também de sua divina vontade.”
“Nada é mais solicitamente intentado por satanás do que impregnar nossas mentes, ou com dúvidas, ou com menosprezo pelo evangelho.”

“Felizes, porém, são aqueles, que abraçam o evangelho e firmemente permanecem nele! Porque ele – o evangelho, fora de qualquer dúvida, é a verdade e vida.” [João Calvino, Efésios, São Paulo, Parakletos, 1998, (Ef1.13), p. 35-36].
“Não fechemos, pois, por nossa desumanidade, a porta da misericórdia de Deus, a qual se apresenta a nós tão liberalmente.”
“Os homens jamais encontrarão um antídoto para suas misérias, enquanto, esquecendo-se de seus próprios méritos, diante do fato de que são os únicos a enganar a si próprios, não aprenderem a recorrer à misericórdia gratuita de Deus.” [João Calvino, O livro do Salmo, Vl 1, (Sl 6.4), pp.128,129.]

“Como na presente vida não atingiremos pleno e completo vigor, é mister que façamos até à morte”. [João Calvino, Efésios, (Ef 4.15), p. 130]
“Se porventura desejamos lograr algum progresso na escola do Senhor, devemos antes renunciar nosso próprio entendimento e nossa própria vontade.” [J. Calvino, Exposição de 1 Coríntios, São Paulo, Parakletos, 1996. (1 Co 3.3), p. 100]
“Enquanto estamos nesta prisão terrena, nenhum de nós tem a presteza necessária, e, na verdade a maior parte de nós é tão fraca e débil que vacila e coxeia pouco podendo avançar, prossigamos avante, cada um segundo a sua pequena capacidade, e não deixemos de seguir o caminho no qual começamos. Ninguém caminhará tão pobremente que não avance ao menos um pouco por dia, ganhando terreno.” [João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 183, Ed Cep,]
“A maior miséria que um homem pode ter é ignorar a providência de Deus; e, por outro lado, que é uma singular bem-aventurança conhecê-la” [João Calvino, As Institutas, (1541). II.8]

“No tocante ao reino de Deus e a tudo quanto se acha relacionado à vida espiritual, a luz da razão humana difere pouquíssimo das trevas; pois, antes de ser-lhe mostrado o caminho, ela e extinta; e sua perspicácia não é mais digna que a cegueira, pois quando vai em busca do resultado, ele não existe. Pois os princípios verdadeiros são como as centelhas; essas, porém, são apagadas pela depravação da natureza antes que sejam postas em seu verdadeiro uso” [João Calvino, Efésios, (Ef 4.17), p. 134-135]

“Para nós só a glória de Deus é legítima. Fora de Deus só há mera vaidade.” [João Calvino, Gálatas, São Paulo, Parakletos, 1998, (Gl 5.26), p.173]

“Deus, o Artífice do universo, se nos patenteia na Escritura; e o que dele se deva pensar, nela se expõe, para que não busquemos por veredas ambíguas alguma deidade incerta.” [João Calvino, As Institutas – edição Clássica, Vol I, pg 72, Ed Cep,]
“Uma vez que a corrida será fora da pista, jamais conseguirá ela atingir a meta. Pois assim se deve pensar: o resplendor da face divina, o qual o Apóstolo proclama ser inacessível [1Tm6.16], nos é inextricável labirinto, a não ser que pelo Senhor sejamos dirigidos por intermédio dele pelo fio da Palavra, visto ser preferível claudicar ao longo desta vereda a correr a toda brida fora dela.” [João Calvino, As Institutas – edição Clássica, Vol I, pg 74, Ed Cep,]

“Os erros jamais podem ser arrancados do coração humano, enquanto não for nele implantado o verdadeiro conhecimento de Deus.” [João Calvino, As Institutas – edição Clássica, Vol I, pg 74, Ed Cep,]
“Cristo é fim da lei e a suma do Evangelho” [João Calvino, Efésios, São Paulo, Parakletos, 1998, (Ef2.20), p. 78]
“Somente os crentes genuínos conhecem a diferença entre este estado transitório e a bem-aventurada eternidade, para a qual foram criados; eles sabem qual deve ser a meta de sua vida. Ninguém, pois, pode regular sua vida com uma mente equilibrada, senão aquele que, conhecendo o fim dela, isto é, a morte propriamente dita, é levado a considerar o grande propósito da existência humana neste mundo, para que aspire o prêmio da vocação celestial.” [João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo, Parakletos, 2002, Vol. 3, (Sl 90.12), p. 440].

“A Igreja será sempre libertada das calamidades que lhe sobrevém, porque Deus, que é poderoso para salvá-la, jamais suprime dela sua graça e sua bênção.” [ João Calvino, O livro dos Salmos, (Sl 3.8), Vol 1, p.88]
“Quem quer que recuse admitir que o mundo está sujeito à providência de Deus, ou não crê que sua mão se estende das alturas para governá-lo, tudo faz para pôr fim à existência de Deus.” [João Calvino, O livro dos Salmos, Vol 1, (Sl 10.4), p. 211]
“Muitas vezes o Senhor põe abaixo as deliberações dos santos… para que eles fiquem na inteira dependência da sua providência.” [João Calvino, O Livro dos Salmos, Vol 1, (Sl 8.2), p. 16]

Nós somos do Senhor; vivamos e morramos por ele e para ele. Somos do Senhor; que a sua vontade e a sua sabedoria presidam a todas as nossas ações. Somos do Senhor; relacionemos todos os aspectos da nossa vida com ele como o nosso fim único. Ah, quão proveitoso será para o homem que, reconhecendo que não é dono de si, negue à sua razão o senhorio e o governo de si mesmo e o confie a Deus! Porque, assim como a pior praga, capaz de levar os homens à perdição e à reina, é se comprazerem a si mesmo, assim também o único e singular porto de salvação não está em o homem julgar-se sábio, como tampouco em querer nada de sua vontade própria, mas em seguir unicamente ao Senhor [Rm 14.7,8].  João Calvino, Institutas, Vol 4, pg 177, Edç Esp, Edt CEP.

Em toda a arquitetura de seu universo, Deus nos imprimiu uma clara evidência de sua eterna sabedoria, munificência e poder; e embora em sua própria natureza nos ele invisível, em certa medida se nos faz visível em suas obras. O mundo, portanto, é com razão chamado o espelho da divindade, não porque haja nele suficiente clareza para que os homens alcancem perfeito de Deus, só que contemplamos do mundo, mas porque ele se faz conhecer aos incrédulos de tal maneira que tira deles qualquer chance de justificarem sua ignorância. [...] O mundo foi fundado com esse propósito, a saber: para que servisse de palco à glória divina.  João Calvino, Exposição de Hebreus, p. 300-301
As mentes humanas são cegas a essa luz, a qual resplandece em todas as coisas criadas, até que sejam iluminadas pelo Espírito de Deus e comecem a compreender, pela fé, que jamais poderão entendê-lo de outra forma. João Calvino, Exposição de Hebreus, p. 229.

A fé não consiste na ignorância, mas no conhecimento; e este conhecimento há de ser não somente de Deus, mas também de sua divina vontade. João Calvino As Institutas. III.2.2, Editora Cultura Cristã.
A fé verdadeira é aquela que ouve a Palavra de Deus e descansa em Sua promessa. João Calvino, Exposição de Hebreus, p. 318.
Nossa fé não tem que estar fundamentada no que tenhamos pensado por nós mesmos, senão no que foi prometido por Deus. Juan Calvino, Sermones a La Obra Salvadora de Cristo (n 13º), p. 156.

Como as trevas são dispersas pelos raios furtivos do sol, assim todas as invenções e erros perversivos se desvanecem diante desse conhecimento de Deus. João Calvino, O livro dos Salmos, Vol. 3, p. 684.
Visto que a igreja é o reino de Cristo, e que Cristo não reina senão por Sua Palavra, ainda vamos continuar duvidando de que são mentirosas as palavras daqueles que imaginam o reino de Cristo sem o Seu cetro, quer dizer, sem a Sua santa Palavra?
João Calvino, As Institutas (1541), IV.15.

“Exatamente como se dá com pessoas idosas, ou enfermas dos olhos, e tantos quantos sofram de visão embaraçada, se puseres diante delas mesmo um vistoso volume, ainda que reconheçam ser algo escrito, contudo mal poderão ajuntar duas palavras; ajudadas, porém, pela interposição de lentes,. Começarão a ler de forma distinta. Assim a Escritura, coletando-nos na mente conhecimento de Deus que de outra sorte seria confuso, dissipada a escuridão, nos mostra em diáfana clareza o Deus verdadeiro.” [João Calvino, As Institutas – edição Clássica, Vol I, pg 71, Ed Cep,]
“Sempre que a exigüidade do número dos que crêem nos conturbe, em contraste nos venha à mente que ninguém pode compreender os mistérios de Deus senão aqueles a quem foi dado entendê-los.” [João Calvino, As Institutas – edição Clássica, Vol I, pg 81, Ed Cep,]

“Ele [Deus] nos convida a solicitá-los dele, e não nos dirigirmos a ele e nada lhe pedirmos, seria tão nulo como se alguém desprezasse e deixasse enterrado e oculto sob o solo um tesouro que lhe tinha sido mostrado.” [João Calvino, As Institutas – edição Clássica, Vol IV, pg 92, Ed Cep,]

É uma ímpia e danosa invenção tentar privar o povo comum das Santas Escrituras, sob o pretexto de serem elas um mistério oculto, como se todos os que o temem de coração, seja qual for se estado e condição em outros aspectos, não fossem expressamente chamados ao conhecimento da aliança de Deus.
O Livro dos Salmos, vol. 1, p. 558

Eis aqui o principio que distingue nossa religião de todas as demais, ou seja: sabemos que Deus nos falou e estamos plenamente convencidos de que os profetas não falaram de si próprios, mas que, como órgãos do Espírito Santo, pronunciaram somente aquilo para o qual foram do céu comissionados a declarar. Todos quantos desejam beneficiar-se das Escrituras devem antes aceitar isto como um princípio estabelecido, a saber: que a lei e os profetas não são ensinos passados adiante ao bel-prazer dos homens ou produzidos pelas mentes humanas como uma fonte, senão que forma ditados pelo Espírito Santo. João Calvino – As Pastorais, p . 262

Aquelas [epístolas] que o Senhor quis que fossem indispensáveis à sua Igreja, Ele as consagrou por sua providência para que fossem perenemente lembradas. Saibamos, pois, que o que foi deixado nos é suficiente, e que sua insignificância não é acidental; senão que o cânon das Escrituras, o qual se encontra em, nosso poder, foi mantido sob controle através do grandioso conselho de Deus.

João Calvino, Efésios, p. 86
Cabe a nós submeter o nosso juízo e entendimento à verdade de Deus conforme testemunhada pelo Espírito. João Calvino, As Institutas, I. 9.3.
Sempre que o Senhor se nos acerca com sua Palavra, Ele está tratando conosco da forma mais séria, com o fim de mover todos os nossos sentidos mais profundos. Portanto, não há parte de nossa alma que não receba sua influência. João Calvino, Exposição de Hebreus, p. 108

Moisés registra que foi acabada a terra e acabados os céus, como todo o exército deles (Gn 2.1). Que vale ansiosamente indagar em que dia, à parte das estrelas e dos planetas, hajam também começado a existir os demais exércitos celestes mais recônditos, quais sejam os anjos? Para não alongar-me em demasia, lembremo-nos neste ponto, com em toda a doutrina da religião, de que se deve manter a só norma de modéstia e sobriedade, de sorte que, em se tratando de cousas obscuras, não falemos, ou sintamos, ou sequer almejemos saber, outra cousa que aquilo que nos haja ensinado na Palavra de Deus. Ademais, impõe-se, ainda, que no exame da Escritura nos atenhamos a buscar e meditar continuamente aquelas cousas que dizem respeito à edificação, nem cedamos à curiosidade, ou à investigação de cousas inúteis.  E, porque o Senhor nos quis instruir não em questões frívolas, mas na sólida piedade, no temor do Seu nome, na verdadeira confiança, no deveres da santidade, contentemos-nos com este conhecimento. João Calvino, As Institutas, I. 14.4

“As coisas neste mundo não são governadas de uma maneira uniforme (…) Deus reserva uma grande parte dos juízos que se propõe executar para o dia final, para que nós estejamos sempre em suspenso, esperando a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” [Juam Calvino, El Uso Adecuanndo de la Afliccion: In Sermones Sobre Job, Jenison, Michigam. T.E.L.L.,1988, (sermon nº19), p. 226]

“Os antigos já diziam com razão que há um mundo de vícios ocultos na alma do homem. E não encontraremos remédio para isso, a não ser que, renunciando ou negando a nós mesmos e deixando de buscar o que nos agrada, impulsionemos e dediquemos o nosso entendimento a buscar as coisas que Deus exige de nós, e a buscá-las unicamente porque lhe são agradáveis.” [João Calvino, As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 186, Ed Cep,]

Devemos precaver-nos para que, cedendo ao desejo de adequar Cristo às nossas próprias invenções, não o mudemos tanto (como fazem os papistas), que ele se torne dessemelhante de si próprio. Não nos é permitido inventar tudo ao sabor de nossos gostos pessoais, senão que pertence exclusivamente a Deus instruir-nos segundo o modelo que te foi mostrado (Ex 25.40). João Calvino, Exposição de hebreus, p. 209.

Visto, então, que Deus por Si só não poderia provar a morte, e que o homem por si só não poderia vencê-la, Ele tomou sobre Si a natureza humana em união com a natureza divina, para que sujeitasse a fraqueza daquela a uma morte expiatória, que pudesse, pelo poder da natureza divina, entrar em luta com a morte e ganhar para nós a vitória sobre ela. João Calvino, Edição abreviada por J. P. Wiles das Institutas, II.12, p. 182.

Aqueles que repudiam as Escrituras, imaginando que podem ter outro caminho que o leve a Deus, devem ser considerado não tanto como dominados pelo erro, mas como tomados por violenta forma de loucura. Recentemente, apareceram certos tipos de mau caráter que atribuindo a si mesmos, com grande presunção, o magistério do Espírito, faziam pouco caso de toda leitura da Bíblia, e riam-se da simplicidade dos que ainda seguem o que esses, de mau caráter, chamam de letra morta e que mata. João Calvino – As Institutas da Religião Cristã – Livro I, Capítulo 9.

A mente piedosa [...] contempla somente o Deus único e verdadeiro, nem lhe atribui o que quer que à imaginação haja acudido, mas se contenta com tê-Lo tal qual Ele próprio Se manifesta…”. João Calvino, As Institutas, I.2.2.
Cristo suplantou a Adão, o pecado deste é absorvido pela justiça de Cristo. A maldição de Adão é destruída pela graça de Cristo, e a vida que Cristo conquistou tragou a morte que procedeu de Adão. João Calvino, Exposição de Romanos, p. 194-195.
Mesmo os santos precisam sentir-se ameaçados por um total colapso das forças humanas, a fim de aprenderem, de suas próprias franquezas, a depender inteira e unicamente de Deus. João Calvino, Exposição de 2 Coríntios, p. 22.

A verdade, porém, só e preservada no mundo através do ministério da Igreja. Daí, que peso de responsabilidade repousa sobre os pastores, a quem se tem confiado o encargo de um tesouro tão inestimável!” João Calvino, As Pastorais, p. 97.
Calvino comentando Gálatas 5.9[Um pouco de fermento leveda toda a massa] escreve: Essa cláusula os adverte de quão danosa é a corrupção da doutrina, para que cuidassem de não negligenciá-la (como é costumeiro) como  se fosse algo de pouco ou nenhum risco. Satanás entra em ação com astúcia, e obviamente não destrói o evangelho em sua totalidade, senão que macula sua pureza com opiniões falsas e corruptas. Muitos não levam em conta a gravidade do mal, e por isso fazem uma resistência menos radical.[...] Devemos ser muito cautelosos, não permitindo que algo (estranho) seja adicionado à integra doutrina do Evangelho. João Calvino, Gálatas, p. 158-159.

“A sã doutrina certamente jamais prevalecerá, até que as igrejas sejam melhor providas de pastores qualificados que possam desempenhar com seriedade o ofício de pastor”. João Calvino, Calvin to Cranmer, Letter 18. Em John Calvin Collecttion, The AGES digital Library, 1998.

Deus, acomoda-se ao nosso modo ordinário de falar por causa de nossa ignorância, às vezes também, se me é permitida a expressão, gagueja. João Calvino, Commentary on the Gospel According to John (Calvin’s Commentaries, vol. XVIII), p.229.
Ora, primeiro, com Sua Palavra nos ensina e instrui o Senhor. Então, com os sacramentos no-la confirma; finalmente, com a luz de seu Santo Espírito a mente nos ilumina e abre acesso em nosso coração à Palavra e aos sacramentos, que, de outra sorte, apenas feririam os ouvidos e aos olhos se apresentariam, mas, longe estariam de afetar-nos o íntimo. João Calvino, As Institutas, IV. 14.8.

A Palavra de Deus é uma espécie de sabedoria oculta, a cuja profundidade a frágil mente humana não pode alcançar. Assim, a luz brilha nas trevas, até que o Espírito abra os olhos ao cego. João Calvino, Exposição de 1 Coríntios, p. 89.
Invocar a Deus é o principal exercício da fé e da esperança; e é assim que obtemos da parte de Deus todas as bênçãos. João Calvino, Efésios, p. 195

Sempre que nossos males nos oprimem e nos torturam, retrocedamos nossa mente para o Filho de Deus que suportou o mesmo fardo. Enquanto ele marchar diante de nós, não temos motivo algum para desespero. Ao mesmo tempo, somos advertidos a não buscar nossa salvação em tempo de angústia, em nenhum outro senão unicamente em Deus. Que melhor guia poderemos encontrar para oração além do exemplo do próprio Cristo? Ele se dirigiu diretamente ao pai. O apóstolo nos mostra o que devemos fazer, quando diz que  ele endereçou suas orações. Àquele que era capaz de livrá-lo da morte. Com isso ele quer dizer Cristo orou corretamente, visto que recorreu ao Deus que é o único Libertador.  João Calvino, Exposição de Hebreus,  p. 134.
A oração é o antídoto para todas as nossas aflições. John Calvin, Commentary of the Nook of Psalms, vol. VI/4), p. 379.

Em 28 de abril de 1564, um mês antes de morrer, tendo os ministros de Genebra à sua volta, Calvino despede-se; a certa altura ele afirma: a respeito de minha doutrina, ensinei fielmente e Deus me deu a graça de escrever. Fiz isso do modo mais fiel possível e nunca corrompi uma só passagem das Escrituras, nem conscientemente as distorci. Quando fui tentado a requintes, resisti à tentação e sempre estudei a simplicidade. Nunca escrevi nada com ódio de alguém, mas sempre coloquei fielmente diante de mim o que julguei ser a glória de Deus. [...] Esquecia-me de um ponto: peço-lhes que não façam mudanças, nem inovem.
As pessoas muitas vezes pedem novidade. Não que eu queira por minha própria causa, por ambição, a permanência do que estabeleci, e que o povo o conserve sem desejar algo melhor; mas porque as mundanas são perigosas, e às vezes nocivas… João Calvino, Calvin: Textes Choisis par Charles Gagnebin, p. 42-43.

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